sábado, 9 de abril de 2011


Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças deficientes. Num jantar beneficente em Chush, o pai de uma criança fez um discurso: -Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus? Todos estavam chocados com a pergunta, com o sofrimento do pai. Ele continuou:
-Eu acredito, que quando Deus traz uma criança assim ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança. Contou, então, a seguinte história sobre o seu filho Shaya:

-Uma tarde, Shaya e eu caminhávamos por um parque, onde alguns meninos que ele conhecia, jogavam beisebol. Shaya perguntou: -Você acha que eles me deixarão jogar? Eu sabia que meu filho não era atlético e que a maioria dos meninos não o queriam no time. Mas entendi que se o meu filho fosse escolhido para jogar, ele sentiria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no campo, e perguntei se Shaya poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor procurando por aprovação dos seus companheiros de time. Mesmo não conseguindo aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse: - Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava rodada. Eu acho que ele pode estar em nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada. -Fiquei exaltado quando Shaya sorriu. Pediram a ele para vestir uma luva e ir ao campo para jogar. No final da oitava rodada, o time de Shaya marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, o time de Shaya marcou novamente, e agora com dois fora, e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escalado para continuar. O time deixaria Shaya, de fato, bater nesta circunstância, e jogar fora a chance de ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya. Todo o mundo sabia que era quase impossível porque Shaya nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém quando ele tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola, suavemente, de maneira que Shaya pudesse, ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso, Shaya balançou-se desajeitadamente e perdeu a bola. Um dos companheiros do time de Shaya foi até ele, e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador. O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya. Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de time balançaram o bastão e juntos eles rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola, e poderia tê-la lançado, facilmente, ao primeiro homem de base. Shaya estaria fora e isso teria terminado o jogo. Entretanto, o lançador pegou a bola e a lançou em uma curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem de base. Todo o mundo começou a gritar: -Shaya corra para a primeira base. Corra para a primeira. Nunca na vida, ele tinha corrido... Ele saiu em disparada para a linha de base, assustado e com os olhos arregalados. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda corria. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base. Todo o mundo gritou: -Corra para a segunda, corra para a segunda. Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à frente dele circulavam, deliberadamente, para a base principal. Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada adversária, colocou-o na direção da terceira base, e todos gritaram: -Corra para a terceira. Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando: -Shaya, corra para a base principal. Shaya correu para a base principal, pisou nela, e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido um "Campeonato", e ganho o jogo para o time dele. Aquele dia, disse o pai, com lágrimas caindo sobre sua face, esses 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus.

-Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!

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